Nos idos de 1970, foi criado, pelo Governo Federal, o Plano Nacional de Saneamento - PLANASA , que previa a criação pelos Estados de companhias de Saneamento ( só para água e esgoto - resíduos sólidos e drenagem urbana ficaram fora, pois não tinham retorno financeiro) visando assumir os serviços até então de responsabilidade dos municípios ou de estruturas estaduais da administração direta.
Santa Catarina tinha , na época, como responsável pelo setor o Departamento Autônomo de Engenharia Sanitária - DAES - , orgão com atuação restrita à Grande Florianópolis mais a zona de litoral entre Itajaí e Tubarão , tendo Criciuma sido incorporada por último, já em 1970.
Não havia nenhum esfôrço, muito pelo contrário, em melhorar essa estrutura que se prestava a usos políticos na região e tudo era feito no sentido de que novas áreas de atuação , novos serviços , recursos financeiros e novos profissionais fossem direcionados à responsabilidade da Fundação Serviços Especiais de Saúde Pública - FSESP - hoje FUNASA ,orgão do Ministério da Saúde, o qual chegou a administrar mais de 20 municípios catarinenses e trouxe grande avanço no Saneamento catarinense da época, em especial, no abastecimento de água.
Além disso, o DAES passava por sérias dificuldades tendo em vista estar submetido à CGI - Comissão Geral de Inquérito, um dos instrumentos fiscalizadores usados pelo regime militar e ainda carregar consigo antigos vícios oriundos da administração pública baseada em fortes interesses politico-partidários e eleitorais., como até hoje ainda ocorre.
Finalmente, em 1971, já no início das administrações ditas técnicas de governadores nomeados pelo regime militar, implementou-se a criação da CASAN, que como veremos adiante teve sérios problemas tanto genéticos ( representados pelo antigo DAES ), como de parto ( representado pela forma de sua composição inicial).
Segue depois.........
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